Pois é... Comida de festa agora chama finger food e é exatamente o que o nome
sugere, comidinhas para comer com as mãos. A tendência já virou moda e aquele
velho hábito que era considerado de péssima educação entrou pra valer em festas
sofisticadas e nas mesas de alguns restaurantes contemporâneos.
Comer com as mãos é uma prática comum em todo
o mundo. Basta lembrar das comidas de rua: pastel, empadinha, cachorro-quente,
pizza em fatia, entre outras delícias. Longe das ruas, no entanto, o que era
pouco elegante atualmente ganhou novo conceito e significado. Esse modo de
servir é uma tendência em vários países e combina com eventos que recebem com
estilo. Ao lado dos canapés e aperitivos, os pratos principais foram
transformados em pequenas porções, que podem ser degustadas num só bocado.
O finger
food abre um leque de opções, com preparações das mais simples às mais
sofisticadas, geralmente com apresentação caprichada e experimentações
surpreendentes de sabores. Novas formas de servir, novos utensílios, pequenas
tigelas, colheres de porcelanas, copinhos, taças e xícaras. Tudo com muito
charme. E os nomes então... São
wraps, ceviches, rolinhos printemp, tortillas, quichettes, mini cups, terrines,
brochettes, petit blinis, toasts, saladinhas thai, breasticks, baby bakeds.
Mas, como tudo que é novidade, tende para
alguns exageros e excessos em sua aplicação. Um delicioso e fumegante
escondidinho, por exemplo, pode ser muito interessante em sua versão mini.
Então imagine você, na pista de dança de uma festa agitada, com um copo de
bebida em uma mão. De repente aparece um garçom e deposita, na sua outra mão,
um guardanapo, um tigelinha pelando e um micro colherinha. E agora? O que
fazer? Sem lugar para apoiar o copo, não existe nenhuma forma civilizada para
consumir o acepipe. Tudo bem se você estiver no meio de uma conquista amorosa.
Pode até rolar um clima, com um colocando bocadinhos na boca do outro.
Gastronomia é isso aí. Quase tudo é válido
quando bem aplicado e quando atende seu objetivo. Existe hora e lugar para cada
coisa. Desde um feijão tropeiro com todos seus acompanhamentos até um delicado
stick thai de frango e shimeji ao molho satay. Em alguns locais e ocasiões,
acho que o bom, velho e confortável croquete ainda funciona muito bem. Que
saudade daquela massa macia e do recheio quente e saboroso!
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