quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Jabuticaba ou jaboticaba?

Tanto faz! Mas o certo é que é época das frutinhas e acabei de chegar do sacolão com um saco de jabuticabas, a maior prova de que Deus é realmente brasileiro. Árvore típica da nossa Mata Atlântica, dos nossos quintais e da nossa infância, era quase irresistível quando coberta por aqueles milhares de olhinhos negros brilhantes, nos hipnotizando e nos chamando.


Na minha casa tinha uma jabuticabeira enorme, que teria que ser cortada por ameaçar a segurança de um muro de arrimo. Nós, meninos, fizemos um movimento organizado, com direito até a reclamação por escrito, para manter a árvore. E meu pai não teve outra solução: reforçou o muro e a árvore continuou. E continua lá até hoje, linda, frondosa, com seu perfume que começa em outubro e vai se enchendo de flores e frutas até novembro. Minha vó colocava água todos os dias no pé da jabuticabeira, talvez por isso na minha casa tivesse as melhores jabuticabas da rua. Minha mãe, todos os anos, fazia vários vidros de geleia, para o nosso consumo e para presentear visitantes e amigos. Eu adorava o cheiro da geleia quente. E sua cor vermelho sangue também... Vou ligar pra ela agora e pedir a receita. Minhas jabuticabas, com certeza, durarão por um bem mais tempo dessa forma... Ou não!

GELEIA DE JABUTICABA (da minha mãe)

1 litro de jabuticaba
6 colheres (sopa) de água
Açúcar

Amasse as jabuticabas, acrescente a água e leve ao fogo até ferver.
Coe, meça o volume de líquido e coloque a mesma medida de açúcar.
Leve ao fogo e reduza até o ponto de geleia.

Um comentário:

  1. nossa, lindo! se for a que estou pensando, realmente o pé era belíssimo! e de suculento.. rss

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